Automotivação: Tome as rédeas de sua carreira e seja o protagonista da sua história profissional.
Quantas e quantas vezes nos pegamos esperando o reconhecimento do nosso chefe ou de outro cargo acima do nosso? Insistimos em acreditar que aquilo que nos motiva é o tapinha nas costas vindo de outra pessoa. Mas será mesmo que para nosso desenvolvimento profissional e alcançar tudo aquilo que almejamos, essa é mesmo a resposta que precisamos? Será mesmo que o combustível que nos faz movimentar é realmente externo? O texto a seguir é um convite para refletirmos sobre essa situação e propor uma resposta um pouquinho mais madura para que consigamos lidar com essa questão.
Wictor Mariano
5/11/20256 min read


Quando falamos sobre motivação, no contexto da gestão de pessoas, estamos abordando um tema muito amplo e complexo. Muitas vezes, percebo que há uma grande confusão em torno desse assunto — ora por parte dos colaboradores, ora por parte das empresas. Já fui chamado para reuniões cujo tema era "precisamos motivar mais os colaboradores". Nessas reuniões, discutíamos quais benefícios a empresa deveria oferecer e quais não faziam mais sentido manter, pois já não surtiam efeito no engajamento das pessoas.
Por outro lado, já ouvi de colaboradores que se sentiam desmotivados porque seus gestores não os elogiavam quando realizavam um trabalho excepcional, mas, quando cometiam um erro, eram prontamente repreendidos. Só com esses dois breves relatos já é possível perceber como um mesmo assunto — a motivação — parece um tema completamente diferente dependendo da esfera onde é abordado, entrelaçado ao emaranhado da individualidade e da subjetividade da mente humana.
Em meados da década de 1950, o psicólogo norte-americano Abraham Maslow definiu uma categoria diretamente ligada à motivação, que viria a se tornar conhecida como "Pirâmide de Maslow". Nela (da base para o topo), ele elenca como fatores motivacionais ações que correspondem às necessidades humanas de acordo com o estágio de vida em que a pessoa se encontra. A pirâmide começa pelas necessidades fisiológicas, passando por segurança, sociais, estima e, por fim, autorrealização.
Segundo ele, para motivar uma pessoa, é necessário primeiro compreender em que patamar da pirâmide ela se encontra, para só então decidir qual ação será mais eficaz. Por exemplo, uma pessoa recém-contratada, com dificuldades financeiras, provavelmente não se sentirá verdadeiramente motivada se a empresa fizer uma postagem nas redes sociais destacando seu desempenho como "colaborador do mês". Por outro lado, um gerente que implantou um processo que gerou uma grande economia para a empresa dificilmente se sentirá valorizado ao receber um prêmio de duzentos reais — um valor irrisório perto da sua remuneração e responsabilidade.
Contudo, a pirâmide de Maslow é uma abordagem muito mais voltada à gestão e à organização. Cito essa ferramenta apenas como referência para que se entenda como as estratégias deveriam ser pensadas pelas empresas.
Eu, particularmente, sempre gostei de trazer para mim a responsabilidade sobre tudo o que me interessa. O que não está ao meu alcance, deixo de lado. Com isso, quero dizer que até mesmo minha motivação é de total responsabilidade minha. Não vou esperar que a empresa estude Maslow e crie planos motivacionais personalizados para cada funcionário. Ainda mais dentro da realidade da legislação brasileira, onde tudo é passível de processo. Tenho a percepção de que as empresas têm mais poder de desmotivar do que de motivar alguém. Quando há maus-tratos, ausência de benefícios, péssimas condições de trabalho, jornadas ruins, fofocas, falta de transparência... é fácil entender por que isso mina a motivação de qualquer um.
Motivar-se, no entanto, é trabalho de cada um — e já vamos entender por quê.
Se pensarmos no sentido etimológico da palavra “motivação”, estamos falando de “motivo para ação”, ou seja, aquilo que nos faz mover, que nos impulsiona a seguir em frente, superar dificuldades, persistir. E, sinceramente, eu não acredito que esse verdadeiro sentido possa ser despertado por qualquer empresa. A motivação externa, para mim, é como acender carvão com álcool: na hora, sai uma labareda enorme, mas logo se apaga. E aí precisa de mais álcool, e mais, e mais...
Penso assim porque, quando alguém ganha um prêmio, um elogio ou até uma promoção, se essa pessoa não tem motivos pessoais bem definidos para justificar seus esforços, ela estará desmotivada novamente em pouquíssimo tempo. O "combustível" não é dela, é alguém de fora tentando empurrá-la pra frente.
Por isso, o verdadeiro “fazer mover” deve vir da própria pessoa. O que te faz acordar cedo, faça sol ou chuva? O que te faz correr atrás de metas, ter boas ideias, lidar com gente difícil e dar o seu melhor, mesmo quando ninguém está olhando? Só pode ser porque você enxerga o seu trabalho como um meio para evoluir como ser humano e conquistar seus sonhos e necessidades — que, em muitos casos, dependem de dinheiro.
Quando penso em alcançar meu potencial máximo como pessoa, não consigo imaginar outro lugar além do trabalho. É ali que serei exposto a imprevistos, onde exercitarei minha adaptabilidade. É ali que terei que lidar com pessoas completamente diferentes de mim, onde praticarei paciência e respeito. É ali que poderei ensinar, aprender, resolver conflitos, amadurecer, perdoar e ser perdoado. São oportunidades únicas de crescimento que só o ambiente de trabalho proporciona.
Meus conhecimentos, habilidades e atitudes entrarão em choque com os de outras pessoas. E desse choque surgirão experiências e oportunidades para eu me tornar um ser humano melhor a cada dia.
Nunca ganhei nada de mão beijada. Minha casa foi comprada com o dinheiro do meu trabalho. Meu carro, minha faculdade, as coisas da minha família... tudo veio do fruto do meu esforço. Quando o trabalho fica difícil e penso em desistir, lembro dos meus motivos materiais: o carro que quero comprar, a reforma da casa, o inglês do meu filho, a faculdade dele, meu sítio para a velhice. Tudo isso é comprado com dinheiro. E o dinheiro vem do meu trabalho!
Não preciso de alguém me dando tapinha nas costas pra me sentir motivado. Eu sei do meu valor. Não acordo cedo esperando um elogio — mas acordo sim para garantir o futuro da minha família. Isso não é arrogância, nem ingratidão. É apenas dar o valor correto às coisas.
Talvez, hoje mais do que nunca, com as pessoas tão carentes de afeto e atenção, os "parabéns" e os "tapinhas nas costas" tenham se tornado um grande motivador. Mas, em todos os meus anos como gestor, percebi que meus melhores colaboradores sempre foram os que tinham mais sonhos. Aqueles que queriam conquistar a casa própria, o carro, um diploma... esses eram os que mais corriam atrás, que se envolviam com o setor como um todo, que faziam mais do que o mínimo. Já os que não tinham grandes desejos... eram medianos. Nem ruins, nem excelentes. Apenas “iam ficando”.
Se não ganhavam aumento, era culpa do gestor. Se não eram promovidos, a empresa não valorizava. Se outro, com menos tempo de casa, era promovido, era "puxa-saco". A autocrítica desaparecia. E, infelizmente, essa é a maioria.
Se eu pudesse deixar um único conselho sobre motivação, seria este:
Motive-se a si mesmo. Tenha sonhos. Pense grande. Seja o protagonista da sua história.


Resumo
Automotivação: Tome as rédeas de sua carreira e seja o protagonista da sua história profissional.
✔ Maslow define 5 necessidades para motivar as pessoas de acordo com sua realidade, são elas: necessidades fisiológicas, segurança, social, estima e autorrealização.
✔ Não se preocupe se seus superiores o parabenizam ou não.
✔ Saiba que você possui suas qualidade e saiba seu potencial por você mesmo, não seja carente por atenção.
✔ Entenda que o trabalho é o melhor lugar possível para você se desenvolver como ser humano.
✔ Entenda que o trabalho é um meio para realizar suas necessidades e sonhos que dependem de dinheiro.
✔ Determine objetivos que deseja alcançar como ser humano.
✔ Determine sonhos e necessidades que deseja suprir por meio do dinheiro.
✔ Motive-se a si mesmo. Tenha sonhos. Pense grande. Seja o protagonista da sua história.


Contato Rápido


Entre em contado para dar sua opinião, sugerir temas ou buscar ajuda. Estamos aqui para ajudar você a se desenvolver e colher os frutos do seu trabalho!
Limoeiro
MISSÃO: Contribuir com as pessoas, que aqui dedicarem seu tempo, a tornarem-se melhores como seres humanos e como profissionais.
VISÃO: Conseguir e manter uma média de 2.000 acessos mensais. Receber o reconhecimento do público do Limoeiro como um diferencial positivo em suas vidas e carreiras. Ser autossustentável até outubro de 2026.
VALORES: Humanidade, Justiça, Coragem, Sabedoria e Temperança.
Contatos
+55 34 9 8832-1888
© 2025. All rights reserved.